quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

UM SONHO CLARO E AZUL - sextina

No mar imenso o sonho claro e azul
Tomando com certeza cada espaço
E o todo se transforma e sei do muito
E tento caminhar entre os meus medos
Tecendo esta agonia a cada infausto
O rústico cenário se anuncia.

O quanto cada verso me anuncia
E traça um novo tempo claro e azul
O dia venceria seus infaustos
E a sorte ao mergulhar em cada espaço
Deixando para trás antigos medos
Faria do que eu busco o tanto e o muito,

O manto se desenha e neste muito
O novo que pudera se anuncia
E gera muito além dos velhos medos
E tenta contornar em céu azul
O quanto poderia em tal espaço
Vencer a solidão, meu duro infausto,

A luta se desenha e neste infausto
O pouco se anuncia e dita o muito
Vagando sem sentido neste espaço
E o mundo sem sentido se anuncia
Bebendo com ternura o sonho azul
Marcando com brandura os velhos medos.

Ainda que pudesse em tantos medos
O nada se tramando neste infausto
Cenário aonde o todo outrora azul
Pudesse na verdade ser o muito
Que a vida sem descanso me anuncia
E toma sem sentir o farto espaço,

O quanto a cada engano mais espaço
Tocando mansamente antigos medos
Enquanto a luta trama e se anuncia
Eclode no meu peito cada infausto
E sei do quanto pude pouco ou muito
Num dia que julgara claro, azul.

O todo deste azul tomando espaço
Devendo deste muito aos vários medos
O tanto deste infausto se anuncia.

MARCOS LOURES

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