quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

SANGUE DA TERRA

Searas e vinhedos, que jamais esqueço…
A brisa que me embalou foi forte e doce!
Fui o escuro que anoitece num cabeço,
mas um lençol de estrelas, eu antes fosse.

Na charneca, os madrigais foram meu berço,
os relheiros, sangue gerado pela fouce,
as cigarras, sinfonias em apreço,
os estios, o vasto campo que eu não trouxe.

Ainda sinto o crepitar da terra, ardente,
as moças que cantavam modas dolentes
e inebriavam de alegria os corações.

Nos silveirais, os rouxinois despertavam
os balidos dos rebanhos que pastavam
e eu pintava a natureza de canções.

Manuel Manços
SANGUE DA TERRA

Searas e vinhedos, que jamais esqueço…
A brisa que me embalou foi forte e doce!
Fui o escuro que anoitece num cabeço,
mas um lençol de estrelas, eu antes fosse.

Na charneca, os madrigais  foram meu berço,
os  relheiros, sangue gerado pela fouce, 
as cigarras, sinfonias em apreço, 
os estios, o vasto campo que eu não trouxe.

Ainda sinto o crepitar  da terra, ardente,
as moças  que cantavam modas dolentes 
e inebriavam de alegria os corações.

Nos silveirais, os rouxinois despertavam
os balidos dos rebanhos que pastavam
e eu pintava a natureza de canções.

Manuel Manços

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