quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Divagações

Fiquei perdida
E rasgada, no âmago
Quando escolheste ser saudade.
Nesse dia a solidão
Ficou desenhada, dentro de mim
Virou-me do avesso
E desaguou pelos meus olhos, vagos.
Desde então
Que me invento
Que me desbravo em terreno estranho
Que me aconchego no meu leito, pardo.
Com a saudade esculpida
E estacionada no meu corpo
A minha alma goteja e divaga
Sílabas que queimam
Que entram em convulsões poéticas.
Tento enxugar, o pranto
Que me cedeste
Mas o tempo fecha-me
Dentro de líricas amargas.
Morro em cada entardecer
Quando a dormência dos dedos
Me soletram… e calam todas as letras.
Sem ti, as palavras ferem-me
E deixam de fazer sentido…
São ardósias frias
E ausentes!
Ofereço-me frágil, aos toques do silêncio
Sorvo toda a saudade, bordada no coração
E na ponta dos meus dedos.

Telma Estêvão
Divagações 


Fiquei perdida
E rasgada, no âmago
Quando escolheste ser saudade.
Nesse dia a solidão
Ficou desenhada, dentro de mim
Virou-me do avesso
E desaguou pelos meus olhos, vagos.
Desde então
Que me invento
Que me desbravo em terreno estranho
Que me aconchego no meu leito, pardo.
Com a saudade esculpida
E estacionada no meu corpo
A minha alma goteja e divaga
Sílabas que queimam
Que entram em convulsões poéticas.
Tento enxugar, o pranto
Que me cedeste
Mas o tempo fecha-me
Dentro de líricas amargas.
Morro em cada entardecer
Quando a dormência dos dedos
Me soletram… e calam todas as letras.
Sem ti, as palavras ferem-me
E deixam de fazer sentido…
São ardósias frias
E ausentes!
Ofereço-me frágil, aos toques do silêncio
Sorvo toda a saudade, bordada no coração
E na ponta dos meus dedos.


Telma Estêvão

Sem comentários:

Enviar um comentário