segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Saudade, suspensa


Quando te deitavas a meu lado
A noite se despia, em suaves movimentos
E largava perfume, dando nova vida ao meu ser.
Ainda sinto, o calor do teu corpo
No amarrotar dos meus lençóis.
Sinto, saudade em mim.
Quando a tua mão, pegava na minha
E passeava no meu rosto, eu tremia, arrebatada.
Juntas, percorriam, todos os segredos da alma
E exploravam todos os cantos, dos nossos corpos.
Sentia-me viva e sem saudade.
Quando…as recordações me transportam
Para o sonho, os meus lençóis choram ainda de saudade.
Numa procura cega
Os olhos procuram-te, em círculos
E não te alcançam.
Consumi os teus abraços
E todos os teus beijos arrefeceram.
Quando…
As horas dormem nas noites
Eu fujo de mim… eu, não sou…eu
Afogo-me na incerteza
E a mente estilhaça-se
Com os uivos eriçados da noite.
O pensamento não me escuta.
Sou tudo
O que um dia não fui…não me conheço…
Quando penso em desistir
Recordo, os momentos mágicos
E a pureza dos teus sentimentos…
Que me dão força para continuar
Neste tempo, suspenso.


Telma Estêvão
Saudade, suspensa


Quando te deitavas a meu lado
A noite se despia, em suaves movimentos
E largava perfume, dando nova vida ao meu ser.
Ainda sinto, o calor do teu corpo
No amarrotar dos meus lençóis.
Sinto, saudade em mim.
Quando a tua mão, pegava na minha
E passeava no meu rosto, eu tremia, arrebatada.
Juntas, percorriam, todos os segredos da alma
E exploravam todos os cantos, dos nossos corpos.
Sentia-me viva e sem saudade.
Quando…as recordações me transportam
Para o sonho, os meus lençóis choram ainda de saudade.
Numa procura cega
Os olhos procuram-te, em círculos
E não te alcançam.
Consumi os teus abraços
E todos os teus beijos arrefeceram.
Quando…
As horas dormem nas noites
Eu fujo de mim… eu, não sou…eu
Afogo-me na incerteza
E a mente estilhaça-se
Com os uivos eriçados da noite.
O pensamento não me escuta.
Sou tudo
O que um dia não fui…não me conheço…
Quando penso em desistir
Recordo, os momentos mágicos
E a pureza dos teus sentimentos… 
Que me dão força para continuar
Neste tempo, suspenso.


Telma Estêvão

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