Do meu existir …
… Olhei para trás, pelo espelho retrovisor da minha vida
e fiquei surpreendida, porque vi que atrás de mim,
não há ninguém no mesmo espaço, nem calcorreando o mesmo caminho
Só eu deambulo passo a passo,
devagarinho,
dependurando na minha mão um ramo de flores sem cor
(desencarnadas de mim a ferro e fogo),
mortas.
Olho em frente e penso ter uma alucinação !
Vejo uma árvore maravilhosa, frondosa, frutos lindos pequeninos, mas
não amadurecidos e, tal como a raposa, penso : - “estão verdes, não
posso comê-los.”
Olho-me disforme neste visor minúsculo,
neste espelho baço torcido pela verdade que me faz fingir que caminho,
permanecendo parada sem enxergar a vida … sem enxergar nada.
O deserto está deserto.
Não há uma carcaça que lhe sirva de jarra
Não há um raio de luar para o iluminar, nem um leve sibilar de vento que me adormeça
As ruas, plagiaram o cenário.
Adormeceram medrosas ao som equivocante da flauta de Pan, e selaram as suas portas
O infinito não tem nuvens nem pássaros.
A sede do sol bebeu as nuvens, e os pássaros bateram asas, fugiram antes de serem embriagados por Baco.
O mar gelou, e nem o tridente de Poseidon lhe consegue abrir uma fenda para que respire
O céu deixou fugir as estrelas.
Abraçaram Afrodite para fertilizar o amor dos namorados
O sol amofinou-se e escondeu-se delas e de mim repousando,
suavemente,
segundo a segundo,
nos braços da sua adorada Hera.
A Folha do Calendário da Vida perdeu as cores do arco íris.
Já não é o que era !
Ficou pálida e infeliz
Amareleceu
Não mais se moveu
Não há paleta do Maior Mestre-Pintor que lhe dê cor
Não morreu, mas não mais virou a página do seu calendário para o dia seguinte
Colou-se ao último dia de um ano malogrado,
inventado por um destino malfadado que não quero relembrar,
para não me afogar nas mágoas do meu existir.
Magá Figueiredo
Do meu existir …
… Olhei para trás, pelo espelho retrovisor da minha vida
e fiquei surpreendida, porque vi que atrás de mim,
não há ninguém no mesmo espaço, nem calcorreando o mesmo caminho
Só eu deambulo passo a passo,
devagarinho,
dependurando na minha mão um ramo de flores sem cor
(desencarnadas de mim a ferro e fogo),
mortas.
Olho em frente e penso ter uma alucinação !
Vejo uma árvore maravilhosa, frondosa, frutos lindos pequeninos, mas não amadurecidos e, tal como a raposa, penso : - “estão verdes, não posso comê-los.”
Olho-me disforme neste visor minúsculo,
neste espelho baço torcido pela verdade que me faz fingir que caminho,
permanecendo parada sem enxergar a vida … sem enxergar nada.
O deserto está deserto.
Não há uma carcaça que lhe sirva de jarra
Não há um raio de luar para o iluminar, nem um leve sibilar de vento que me adormeça
As ruas, plagiaram o cenário.
Adormeceram medrosas ao som equivocante da flauta de Pan, e selaram as suas portas
O infinito não tem nuvens nem pássaros.
A sede do sol bebeu as nuvens, e os pássaros bateram asas, fugiram antes de serem embriagados por Baco.
O mar gelou, e nem o tridente de Poseidon lhe consegue abrir uma fenda para que respire
O céu deixou fugir as estrelas.
Abraçaram Afrodite para fertilizar o amor dos namorados
O sol amofinou-se e escondeu-se delas e de mim repousando,
suavemente,
segundo a segundo,
nos braços da sua adorada Hera.
A Folha do Calendário da Vida perdeu as cores do arco íris.
Já não é o que era !
Ficou pálida e infeliz
Amareleceu
Não mais se moveu
Não há paleta do Maior Mestre-Pintor que lhe dê cor
Não morreu, mas não mais virou a página do seu calendário para o dia seguinte
Colou-se ao último dia de um ano malogrado,
inventado por um destino malfadado que não quero relembrar,
para não me afogar nas mágoas do meu existir.
Magá Figueiredo
… Olhei para trás, pelo espelho retrovisor da minha vida
e fiquei surpreendida, porque vi que atrás de mim,
não há ninguém no mesmo espaço, nem calcorreando o mesmo caminho
Só eu deambulo passo a passo,
devagarinho,
dependurando na minha mão um ramo de flores sem cor
(desencarnadas de mim a ferro e fogo),
mortas.
Olho em frente e penso ter uma alucinação !
Vejo uma árvore maravilhosa, frondosa, frutos lindos pequeninos, mas não amadurecidos e, tal como a raposa, penso : - “estão verdes, não posso comê-los.”
Olho-me disforme neste visor minúsculo,
neste espelho baço torcido pela verdade que me faz fingir que caminho,
permanecendo parada sem enxergar a vida … sem enxergar nada.
O deserto está deserto.
Não há uma carcaça que lhe sirva de jarra
Não há um raio de luar para o iluminar, nem um leve sibilar de vento que me adormeça
As ruas, plagiaram o cenário.
Adormeceram medrosas ao som equivocante da flauta de Pan, e selaram as suas portas
O infinito não tem nuvens nem pássaros.
A sede do sol bebeu as nuvens, e os pássaros bateram asas, fugiram antes de serem embriagados por Baco.
O mar gelou, e nem o tridente de Poseidon lhe consegue abrir uma fenda para que respire
O céu deixou fugir as estrelas.
Abraçaram Afrodite para fertilizar o amor dos namorados
O sol amofinou-se e escondeu-se delas e de mim repousando,
suavemente,
segundo a segundo,
nos braços da sua adorada Hera.
A Folha do Calendário da Vida perdeu as cores do arco íris.
Já não é o que era !
Ficou pálida e infeliz
Amareleceu
Não mais se moveu
Não há paleta do Maior Mestre-Pintor que lhe dê cor
Não morreu, mas não mais virou a página do seu calendário para o dia seguinte
Colou-se ao último dia de um ano malogrado,
inventado por um destino malfadado que não quero relembrar,
para não me afogar nas mágoas do meu existir.
Magá Figueiredo
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