NUNCA DIGAS “DESTA ÁGUA NÃO BEBO”
Num momento de desespero
Tenta-se até por fim a vida
Que nunca aconteça espero
Mas ando um tanto perdida
Podem dizer que é cobarde
Quem contra si mesma atenta
Mas a razão ninguém sabe
O que tanto apoquenta
O que vai no coração
A dor de cada pessoa
Que a faz perder a razão
Não o faz assim à toa
No melhor pano cai a nódoa
Há quem lhe chame loucura
Mas há quem não se incomoda
E a vida dos outros tortura
Há tanta gente a sofrer
Por aí atrocidades
Com vergonha de dizer
Vai escondendo as verdades
tulipanegra
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