É AMOR
No ventre da noite os gritos
não são de dor
espalham-se em silêncio pelos quartos
é amor
vestem-se palavras
cobrem-se de verdade os sentidos
os gestos despem-se da nudez com instintos
de luz
rompe-se silenciosamente a escuridão
com cânticos longínquos belos e prolongados
é amor
adormece o mar e as flores
descansam as sombras das montanhas
e as estrelas brilham caladas
ofuscando os gritos no ventre da noite amordaçada
é amor
Por CFBB em 28/12/2012
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