sexta-feira, 30 de novembro de 2012

HORAS E O AMOR

As horas se a profundam pela casa
e o silencio badalando o sino

da solidão
que ressoa dentro do porão
cortando do esquecimento as asas.

Horas acesas de lembranças
se arrastando pelo chão,
mortas horas vividas ...
porque em mim não ficam esquecidas?

Piedoso o relógio segue a esmagar os segundos
a derramar dentro de mim o frio tímido e inquieto
que me espera em minha cama a olhar para o teto
a me espetar a alma quando deito sobre o meu tempo... que segue o mundo.

Desliza sobre o meu corpo o lençol de horas,
branca è sua cor e macia o tempo que me persegue,
doce é o sabor de sua pele em minha boca
quando chamo teu nome rápido feito o cuco louco do relógio.

Horas que desfilam lentamente nos nossos minutos
a gora calados seguem na espera de quem ama ,
os passos dos ponteiros que contam pausadamente os murmúrios,
lamentos de desejo jogados na fogueira do agora,nas horas do amor em chama.


WASHINGTON ARRAES
 

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