sábado, 27 de outubro de 2012

Guerreira Andante!


Vinha eu de terras que nunca vi!
Saltando por entre campos
com meu cavalo de crina dourada.
Levei na cintura a espada
e de sangue a tenho ainda molhada
da última guerra que combati!

Por cearas passei!
E nos rios de sua água bebi.
Por bosques sombrios entrei!
Bruxas e mulheres encantadas
dizendo-se fadas eu me defendi!
Subi por montanhas e escarpas,
baixei por montes e vales!
Passei por vielas, escadas.
Por essas aldeias vi almas,
soube de vidas, de mortes,
de sortes .
Vi ricos e pobres e nobres
quantas gentes eu conheci!

Até que aqui cheguei...!

Já era noite cerrada quando
nesta encruzilhada meu destino escolhi!
Virei por essa mesma estrada,
de pedras rochosas e sulcadas
que me levaria até aqui!

Foram meses tenebrosos
de lutas e conquistas
perecendo o inimigo.
E minha vitória vi alcançada,
deixando para trás a luta
e esse inferno de guerra errada!

Venho triste e cansada
por tal feito, por tal cerrada.
Guerreira mestre de espada me tornei.
Cavaleira do Reino donde nasci!
Hoje perdida, andante pelo mundo
que tanto amei!
Guerreira de sonho, o que escolhi!
Forjada no fogo, na luta e no desengano!

Mas que eu desejei!

Defendo minha bandeira, meu estandarte!
Os desprotegidos, os pobres sem condição
Abato o primeiro sem perdão
que não seja justo, oportunista
soberbo ou ladrão…

Mas hoje sou uma cavaleira errante
escolho defender também com arte
o que muito usam por predição!
Mas eis que aqui encerro
meus atos de valentia.
Por achar que chegou o dia
da minha aposentação!

Já os ventos são outros
agora vem a acalmia
desses tempos sombrios,
de trevas e sem a luz do dia,
sem o sol e seus brilhos!

Irei sentar-me no trono,
aquele que cujo dono
era meu pai falecido!

Agora é minha vez de fazer
meu povo dormir!
Descansarem sem ter de ficar alerta
tolhidos de medo!
Assim que eu chegue estou certa
que todos iremos brindar e levantar
o nosso descerro!

Não seja eu uma guerreira andante e sem medo!


Maria Morais de Sa
Guerreira Andante!


Vinha eu de terras que nunca vi!
Saltando por entre campos
com meu cavalo de crina dourada.
Levei na cintura a espada
e de sangue a tenho ainda molhada
da última guerra que combati!

Por cearas passei!
E nos rios de sua água bebi.
Por bosques sombrios entrei!
Bruxas e mulheres encantadas
dizendo-se fadas eu me defendi!
Subi por montanhas e escarpas,
baixei por montes e vales!
Passei por vielas, escadas.
Por essas aldeias vi almas,
soube de vidas, de mortes,
de sortes .
Vi ricos e pobres e nobres
quantas gentes eu conheci!

Até que aqui cheguei...!

Já era noite cerrada quando
nesta encruzilhada  meu destino escolhi!
Virei por essa mesma estrada,
de pedras rochosas e sulcadas
que me levaria até aqui!

Foram meses tenebrosos
de lutas e conquistas
perecendo o inimigo.
E minha vitória vi alcançada,
deixando para trás a luta
e esse inferno de guerra errada!

Venho triste e cansada
por tal feito,  por tal cerrada.
Guerreira mestre de espada me tornei.
Cavaleira do Reino donde nasci!
Hoje perdida, andante pelo mundo
que tanto amei!
Guerreira de sonho, o que escolhi!
Forjada no fogo, na luta e no desengano!

Mas que eu desejei!

Defendo minha bandeira, meu estandarte!
Os desprotegidos, os pobres sem condição
Abato o primeiro sem perdão
que não seja justo, oportunista
soberbo ou ladrão…

Mas hoje sou uma cavaleira errante
escolho defender também com arte
o que muito usam por predição!
Mas eis que aqui encerro
meus atos de valentia.
Por achar que chegou o dia
da minha aposentação!

Já os ventos são outros
agora vem a acalmia  
desses tempos sombrios, 
de trevas e sem a luz do dia,
sem o sol e seus brilhos!

Irei sentar-me no trono,
aquele que cujo dono
era meu pai falecido!

Agora é minha vez de fazer
meu povo dormir!
Descansarem sem ter de ficar alerta
tolhidos de medo!
Assim que eu chegue estou certa
que todos iremos brindar e levantar
o nosso descerro!

Não seja eu uma guerreira andante e sem medo!


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